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sexta-feira, 27 de março de 2015

A Beleza das Cobras Discovery Theater & National Geografhic



Enquanto o post sobre anatomia está em andamento, se deliciem com esse vídeo que apresenta de forma básica e impressionante a reprodução, alimentação, camuflagem, anatomia simples e diferentes formas de locomoção e habitats!

Assistam, não vão se arrepender!!!!

quinta-feira, 26 de março de 2015

Peçonhenta ou não? ... as principais diferenças!


Seguindo o raciocínio da postagem passada, vamos agora distinguir uma serpente peçonhenta de não peçonhenta através das características gerais de ambas as partes.
O Brasil possui uma riqueza muito grande no que diz respeito as serpentes, com aproximadamente 386 espécies, cerca de 60 espécies são pertencentes as famílias Elapidae (30 espécies)  e Viperidae (30 espécies) nos quais são peçonhentas.
Na familia Viperidae incluem os gêneros: Bothrops, Crotalus, Lachesis, Porthidium e Bothriopsis. Contudo os gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis ganham maior importância nesse blog por causarem muitos acidentes ofídicos no Brasil. Sendo assim, focaremos nas características desses três gêneros de serpentes peçonhentas.

No gênero Crotalus as serpentes possuem fosseta loreal, um orifício entre o olho e a narina que tem função de perceber alterações na temperatura ambiente. Possuem cauda curta e mais estreita que o corpo, porém, não é muito evidente em juvenis.
O formato da cauda é uma das características nos quais podemos distinguir um gênero do outro, sendo que no gênero Crotalus apresentam um guizo (ou chocalho popularmente) na ponta da cauda, escamas eriçadas na parte final da cauda como uma escova é a Lachesis muta, cauda é lisa até a extremidade pertencem ao gênero Bothrops onde esses podem bater com a cauda no chão provocando o som. 

Na família Viperidae as escamas são pequenas, triangulares e com quilhas (Fig.01), que é uma elevação estreita no centro da escama que oferece um aspecto opaco a coloração da serpente, muitas possuem cabeça triangular( Fig.02), porém, muitas serpentes não peçonhentas podem triangular a cabeça, movendo os ossos do crânio, como comportamento defensivo. Além disso, serpentes da família Boidae possuem uma cabeça bem diferenciada do corpo e, no entanto, não são peçonhentas. Deste modo, o formato da cabeça não é confiável para diferenciação entre peçonhenta e não peçonhenta. 

As serpentes da família Elapidae não possuem nenhuma das características citadas acima. São de porte menor que as Viperidae, não são agressivas, não possuem fosseta loreal nem cauda distinta em relação ao corpo. Possui a cabeça arredondada e escamas lisas, o que confere uma cor iluminada à serpente. 

Figura 01 - 









Figura 02 - 






















Dentição de Peçonhenta X Não Peçonhenta e também as diferenças caudais . A dentição do tipo Áglifa pertence as serpentes não peçonhentas, ou seja, não inoculam veneno.






























Na postagem passada vimos que alem das famílias Viperidae e Elapidae existem também as famílias Boidae e Colibridae.
Na Boidae ao se alimentarem matam primeiramente a presa por constrição, jibóia e sucuri são algumas das participantes, todas apresentam a dentição do tipo áglifa.
Já na família Colubridae alguns representantes podem ter a dentição do tipo áglifa ou ainda opistóglifa, São exemplos as falsas corais (Liophisfrenatus), as muçuranas (Clélia clélia), a cobra verde (Philodryasolfersii), a cobra d’água (Liophis miliaris), as dormideiras (Sibynomorphus mikanii). A jararacuçu do brejo (Mastigodryas bifossatus), a caninana (Spilotes pullatus) e a boipeva (Waglerophis merremii), apresentam dentição do tipo áglifa.

Clique nas representantes acima e veja que mundo diverso em cores e formas!!!!

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quarta-feira, 25 de março de 2015

Venenosa X Peçonhenta

Muitas pessoas confundem e muito esses dois termos.
Porque nem todo animal peçonhento é venenoso e os venenosos não são peçonhentos, mas se levarmos em consideração que a saliva das serpentes são adaptadas para dissolver proteína animal podemos concluir que todas as serpentes são venenosas isso pelo fato de que o veneno é uma substância tóxica a outro ser.
Porém vamos definir cada termo para melhor o entendimento.

Animais peçonhentos são aqueles que possuem uma comunicação entre a glândula de veneno e os dentes inoculadores ou ferrões no qual injetam em outros animais.


Já os animais venenosos não possuem um aparelho inoculador como os dentes ou ferrões. O envenenamento de outro ser pode ocorrer de forma passiva, ou seja, por contato direto com o animal (ex: sapo flecha, abaixo), por compressão como alguns sapos realizam ou ainda por ingestão como, por exemplo, no caso do baiacu (imagem abaixo) que possui toxinas em praticamente todo o corpo e pode causar envenenamento caso ingerido.

 
Mas no que diz respeito às serpentes, veja no menu “Anatomia” para conhecer os diferentes tipos de dentição das peçonhentas e não peçonhentas.










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Características Gerais e Definição

A palavra “Serpente” no dicionário de português possui quatro significados diferentes, sendo eles: 1 – classe de répteis ofídios, 2 – mulher velha e muito feia, 3 – pessoa pérfida e traiçoeira e 4 – coisa má ou que produz males.
Outra definição seria no latim “serpēns”, que significa “aquele que rasteja”. Assim como a palavras “hérpō” (de onde se origina herpetologia), do grego antigo e “sárpati”, do Indiano Antigo (ambas também significam “aquele que rasteja”). Todas de mesma origem, a palavra proto-Indo-européia “*serpe-“.
Levando em consideração (lógico!) a primeira definição do dicionário de português, os “répteis ofídios” são animais vertebrados que possuem corpo alongado, coberto por escamas; mudam de pele à medida que crescem; não possuem membros locomotores (pernas ou pastas) somente vestígios das mesmas, não possuem ouvido externo, portanto não escutam, mas, por outro lado, elas sentem as vibrações do solo através do próprio corpo, percebendo facilmente a aproximação de outros animais; sua língua bífida, ou seja, tem a ponta dividida em duas partes. Ela serve para explorar o ambiente, captando substâncias que se encontram no ar e encaminhando-as a um órgão localizado dentro da boca (órgão de Jacobson), que desempenha função equivalente ao olfato; Seus olhos não possuem pálpebras móveis e possuem órgãos internos alongados, acompanhando o formato do corpo. Porém, não possuem bexiga e eliminam a urina junto com as fezes através da cloaca.
As serpentes compartilham todas essas características em comum, mas existem várias famílias, gêneros e espécies. Sendo classificadas basicamente assim:

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Ophidia
Família: várias
Gênero: vários
Espécie: várias


   As principais famílias são:
·        Boidae: Temos como exemplos as jibóias e pítons. Classificadas como as maiores serpentes do mundo, onde a Píton retículatos  pode chegar a 10m ou mais e a Jibóia Boa constrictoramarali chega a 4m de comprimento.
·        Colubridae: Comumente conhecidas, reúnem cerca de 1.500 sp., possuem uma grande diversidade de habitats, reprodução e alimentação. Exemplos: falsa-coral (Oxyrhopus sp.) e cobra-cipó.
·        Elapidae: corais verdadeiras (Micrurus sp.) e Najas são exemplos.
·        Viperidae: Nessa família temos duas subfamílias muito conhecidas como as víboras, muito temida, tendo como exemplos Vipera sp. e Cerastes cerastes a víbora de chifres. A outra subfamília é a Crotalinea como representantes as cascavéis e surucucu. Produtoras de venenos potentes.
Para ver as imagens das representantes de cada família clique no nome das mesmas. Perceba as diferentes colorações, é fantástico!

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terça-feira, 24 de março de 2015

Cobra ou Serpente?

Para darmos início ao assunto vamos definir alguns termos importantes, sendo eles: cobra ou serpente?, o que devo utilizar?, os dois possuem o mesmo significado ou são termos diferentes? ...
Essas dúvidas são de imediato as mais questionadoras, sendo assim vamos lá!
Na faculdade é comum vigiarmos nossas pronúncias quanto aos termos populares e técnico-científicos. No que diz respeito à dúvida apresentada acima, o site herpeto.org esclarece de forma detalhada a questão.
No Brasil usamos os dois termos mas na teoria o correto é SERPENTE!. Cobra é o termo utilizado para as serpentes do gênero Naja.
O termo "cobra" ficou conhecido aqui no Brasil quando os portugueses na época do "descobrimento" acreditavam que as serpentes aqui encontradas tivessem vindo da Índia sendo as verdadeiras Cobra-Rei ou Naja. Apesar de seu nome popular, a Cobra-Rei não é considerado um membro do gênero Naja. Aqui no Brasil não é errado utilizar o termo "cobra" mas no resto do mundo o recomendável e aceito é "serpente".
Clique aqui para conhecer a taxonomia do gênero.

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