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quinta-feira, 26 de março de 2015

Peçonhenta ou não? ... as principais diferenças!


Seguindo o raciocínio da postagem passada, vamos agora distinguir uma serpente peçonhenta de não peçonhenta através das características gerais de ambas as partes.
O Brasil possui uma riqueza muito grande no que diz respeito as serpentes, com aproximadamente 386 espécies, cerca de 60 espécies são pertencentes as famílias Elapidae (30 espécies)  e Viperidae (30 espécies) nos quais são peçonhentas.
Na familia Viperidae incluem os gêneros: Bothrops, Crotalus, Lachesis, Porthidium e Bothriopsis. Contudo os gêneros Bothrops, Crotalus e Lachesis ganham maior importância nesse blog por causarem muitos acidentes ofídicos no Brasil. Sendo assim, focaremos nas características desses três gêneros de serpentes peçonhentas.

No gênero Crotalus as serpentes possuem fosseta loreal, um orifício entre o olho e a narina que tem função de perceber alterações na temperatura ambiente. Possuem cauda curta e mais estreita que o corpo, porém, não é muito evidente em juvenis.
O formato da cauda é uma das características nos quais podemos distinguir um gênero do outro, sendo que no gênero Crotalus apresentam um guizo (ou chocalho popularmente) na ponta da cauda, escamas eriçadas na parte final da cauda como uma escova é a Lachesis muta, cauda é lisa até a extremidade pertencem ao gênero Bothrops onde esses podem bater com a cauda no chão provocando o som. 

Na família Viperidae as escamas são pequenas, triangulares e com quilhas (Fig.01), que é uma elevação estreita no centro da escama que oferece um aspecto opaco a coloração da serpente, muitas possuem cabeça triangular( Fig.02), porém, muitas serpentes não peçonhentas podem triangular a cabeça, movendo os ossos do crânio, como comportamento defensivo. Além disso, serpentes da família Boidae possuem uma cabeça bem diferenciada do corpo e, no entanto, não são peçonhentas. Deste modo, o formato da cabeça não é confiável para diferenciação entre peçonhenta e não peçonhenta. 

As serpentes da família Elapidae não possuem nenhuma das características citadas acima. São de porte menor que as Viperidae, não são agressivas, não possuem fosseta loreal nem cauda distinta em relação ao corpo. Possui a cabeça arredondada e escamas lisas, o que confere uma cor iluminada à serpente. 

Figura 01 - 









Figura 02 - 






















Dentição de Peçonhenta X Não Peçonhenta e também as diferenças caudais . A dentição do tipo Áglifa pertence as serpentes não peçonhentas, ou seja, não inoculam veneno.






























Na postagem passada vimos que alem das famílias Viperidae e Elapidae existem também as famílias Boidae e Colibridae.
Na Boidae ao se alimentarem matam primeiramente a presa por constrição, jibóia e sucuri são algumas das participantes, todas apresentam a dentição do tipo áglifa.
Já na família Colubridae alguns representantes podem ter a dentição do tipo áglifa ou ainda opistóglifa, São exemplos as falsas corais (Liophisfrenatus), as muçuranas (Clélia clélia), a cobra verde (Philodryasolfersii), a cobra d’água (Liophis miliaris), as dormideiras (Sibynomorphus mikanii). A jararacuçu do brejo (Mastigodryas bifossatus), a caninana (Spilotes pullatus) e a boipeva (Waglerophis merremii), apresentam dentição do tipo áglifa.

Clique nas representantes acima e veja que mundo diverso em cores e formas!!!!

"Para Conhecer as Fontes das Imagens Clique em cima das mesmas"


 

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