Seguindo o raciocínio da postagem passada, vamos agora distinguir
uma serpente peçonhenta de não peçonhenta através das características gerais de
ambas as partes.
O Brasil possui uma riqueza muito grande
no que diz respeito as serpentes, com aproximadamente 386 espécies, cerca de 60
espécies são pertencentes as famílias Elapidae (30 espécies) e Viperidae
(30 espécies) nos quais são peçonhentas.
Na familia Viperidae incluem os gêneros:
Bothrops, Crotalus, Lachesis, Porthidium e Bothriopsis. Contudo os gêneros
Bothrops, Crotalus e Lachesis ganham maior importância nesse blog por causarem
muitos acidentes ofídicos no Brasil. Sendo assim, focaremos nas características
desses três gêneros de serpentes peçonhentas.
No gênero Crotalus as serpentes possuem fosseta
loreal, um orifício entre o olho e a narina que tem função de perceber
alterações na temperatura ambiente. Possuem cauda curta e mais estreita que o
corpo, porém, não é muito evidente em juvenis.
O formato da cauda é uma das
características nos quais podemos distinguir um gênero do outro, sendo que no
gênero Crotalus apresentam um guizo (ou chocalho popularmente) na ponta da
cauda, escamas eriçadas na parte
final da cauda como uma
escova é a Lachesis muta, cauda é
lisa até a extremidade
pertencem ao gênero Bothrops onde esses podem bater com a cauda no chão
provocando o som.
Na família Viperidae as escamas são
pequenas, triangulares e com quilhas (Fig.01), que é uma elevação estreita no
centro da escama que oferece um aspecto opaco a coloração da serpente, muitas
possuem cabeça triangular( Fig.02), porém, muitas serpentes não peçonhentas
podem triangular a cabeça, movendo os ossos do crânio, como comportamento
defensivo. Além disso, serpentes da família Boidae possuem uma cabeça bem
diferenciada do corpo e, no entanto, não são peçonhentas. Deste modo, o formato
da cabeça não é confiável para diferenciação entre peçonhenta e não
peçonhenta.
As serpentes da família Elapidae não possuem nenhuma das
características citadas acima. São de porte menor que as Viperidae, não são
agressivas, não possuem fosseta loreal nem cauda distinta em relação ao corpo.
Possui a cabeça arredondada e escamas lisas, o que confere uma cor iluminada à
serpente.
Figura 01 -
Figura 02 -
Dentição de Peçonhenta X Não Peçonhenta e também as diferenças
caudais . A dentição do tipo Áglifa pertence as serpentes não peçonhentas, ou
seja, não inoculam veneno.
Na postagem passada
vimos que alem das famílias Viperidae e Elapidae existem também as famílias
Boidae e Colibridae.
Na Boidae ao se
alimentarem matam primeiramente a presa por constrição, jibóia e sucuri são
algumas das participantes, todas apresentam a dentição do tipo áglifa.
Já na família Colubridae alguns representantes podem ter a dentição do
tipo áglifa ou ainda opistóglifa, São exemplos as falsas corais
(Liophisfrenatus), as muçuranas (Clélia clélia), a cobra verde (Philodryasolfersii), a cobra d’água (Liophis miliaris), as dormideiras (Sibynomorphus mikanii). A jararacuçu do brejo (Mastigodryas bifossatus), a
caninana (Spilotes pullatus) e a boipeva (Waglerophis merremii), apresentam
dentição do tipo áglifa.
Clique nas representantes acima e veja que mundo diverso em cores e formas!!!!
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